terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Memória Tricolor: Paulista - "Fortaleza Voadora"

Émerson de Andrade ou simplesmente Paulista, nasceu no dia 4 de maio de 1941 na cidade de São Paulo e ainda muito jovem se mudou para Curitiba onde veio morar no bairro do Ahú e logo começou a jogar no time do bairro, que se chamava Operário Sport União Ahú.
Em 1958 aos 17 anos já se destacava no segundo quadro e no ano seguinte foi contratado pelo Clube Atlético Ferroviário, onde não demorou muito para conseguir a condição de titular da equipe "Boca-Negra". Nos anos de 1959 e 1960, Paulista foi bi-campeão na categoria aspirantes.
Com grandes atuações Paulista era figura constante da Seleção Paranaense onde foi campeão sul-brasileiro em 1962.
Paulista jogou por 12 anos na da Vila Capanema onde foi campeão da Zona-Sul em 1963 e bi-campeão paranaense em 1965/1966. Ainda em 1966, foi eleito pela crônica esportiva como o craque do ano do futebol paranaense.
Perguntado qual jogo mais difícíl da sua carreira, o "Fortaleza Voadora" como era conhecido não pensava duas vezes: a decisão do campeonato de 1965 contra a forte equipe do Grêmio de Maringá. " A equipe do Grêmio era uma equipe muito forte e vinha de grandes apresentações; mas conseguimos ganhar em Maringá com um gol do Mário. Na partida de volta na Vila Capanema fizemos 3 a 1, com dois gols do Paulo Vecchio e um do Humberto".
Paulista fez o último jogo com a camisa do Ferroviário no dia 18 de janeiro de 1971 contra o Atlético Paranaense e recebeu o prêmio "Belfort Duarte" pois nunca foi advertido com um cartão vermelho.
Após parar com o futebol, Paulista foi diretor do Colorado nos anos de 1984 e 1987 e no Paraná Clube atuou como diretor de futebol, onde foi campeão paranaense em 1991.
Paulista faleceu no dia 14 de julho de 2008 aos 66 anos de idade.


Dia 5 de dezembro de 1965 - Paulista com o time do Ferroviário antes da final do campeonato paranaense de 1965.

Paulista em 1991.

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Atualizações do Blog.

Confira as partidas do Britânia e do Água Verde nos anos de 1917, 1918, 1919 e 1920.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Nascendo uma nova paixão

No dia 14 de junho de 1977, o presidente do Colorado Joaquim Cirino dos Santos e o presidente do Pinheiros Jorge Celestino Busso conversam sobre um possível união dos dois clubes, que seria sem dúvida o maior do estado do Parané e um dos maiores do Brasil. O nome mais cotado era "Olimpico Esporte Clube", sendo as camisas na cor alaranjada.
O principal motivo desta união, era que o futebol paranaense passava por uma fase ruim e os seus torcedores estavam abandonando as suas equipes e com a fusão, os dirigentes achavm que os torcedores do Colorado e Pinheiros voltariam a ter uma nova motivação e voltariam aos estádios. A equipe do Colorado entraria com e Estádio Durival de Britto e a equipe do Pinheiros com a sua sede social e com esta união, era praticamente certa a entrada deste novo time, o Esporte Clube Pinheiros, na Copa Brasil de 1977.
Depois de algumas conversas, os dirigentes dos dois clubes decidiram que a fusão não se realizaria, e que cada equipe seguiria na disputa do campeonato paranaense.

Após o término do Campeonato Paranaense de 1988, os dirigentes do Colorado e Pinheiros voltaram a conversar sobre uma possível união entre as duas equipes e após um almoço no restaurante Veneza no bairro italiano de Santa Felicidade os dirigentes Darci Piana, Dely Macedo e Raul Trombini do Colorado e Jorge Celestino Buso, Aramis Tissot e Ocimar Bolicenho do Pinheiros, aprovaram o nome, cores, símbolos e a distribuição patrimonial .

A assembléia geral foi marcada para do dia 19 de dezembro ( dia da emancipação política do Estado do Paraná), onde os associados do Pinheiros e do Colorado, que deveriam comparecer na Sede Social do Pinheiros na Av. Kennedy e no Estádio Durival de Britto e Silva.

Em segunda chamada às 20 horas iniciou-se a votação, onde cerca de 2.800 associados do Pinheiros e 600 associados do Colorado votaram a favor da fusão e as 21 horas e 16 minutos do dia 19 de dezembro de 1989, nascia o Paraná Clube, resultante da Fusão entre Esporte Clube Pinheiros e Colorado Esporte Clube.

A escritura pública da ata da fusão, foi registrada no 7° Tabelião de Notas de Curitiba e foi assinada pelos membros da comissão: Adjalma Polydoro, Antônio Carlos de Mello Pacheco, Aramis Tissot, Darci Piana, Dely Machado Macedo, Dilso Rossi, Ernani Lopes Buchmann, Erondy Silvério, Ildelanir Ernesti, Jiomar José Turim, Joaquim Antônio Cirino dos Santos, Jorge Celestino Busso, José Dámico, Luiz Carlos Marinoni, Ocimar Batista Bolicenho, Orestes Thá, Raul Baptista Trombini, Roaldo Perreto e Walfrido Ribas Filho.

O uniforme número 1: em duas cores dispostas verticalmente, com o vermelho na direita e o azul na esquerda, com o escudo com o pinheiro e a gralha, símbolos do Paraná.

O uniforme número 2: todo branco, com o nome Paraná gravado em vermelho, com o escudo do lado esquerdo do peito. Em ambos, os calções são brancos e os números nas costas brancos ou azuis.
A escritura da fusão foi assinada na mesma semana com a presença de todos os presidentes e representantes dos clubes que participam do Conselho Arbrital dos Clubes da Primeira Divisão de profissionais.

A diretoria completa do novo clube:
Presidente: Aramis Tissot.
Primeiro vice-presidente: Sidney Catenassi
Segundo vice-presidente: Walfrido Ribas
Acessor da presidência: Ocimar Bolicenho
Vice-presidência de finanças: Luis Quesada
Vice-presidente social: Carlos Kasprezin
Vice presidente de futebol: Joaquim Cirino dos Santos
Diretor de futebol: Edson Ferreira
Vice presidente de patrimônio: Adjalma Polydoro
Vice presidente de esportes de quadras: Jair Leite
Vice presidente dos demais esportes: Gilson Morais
Vice presidente jurdico: Idelanir Ernesti
Vice presidente de marketing: Dorival Viana
Vice presidente de administração e recursos humanos: Noguemar Alves.


Nasceu assim uma nova paixão chamada Paraná Clube.



Fonte: Arquivo pessoal

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Clube Atlético Ferroviário - Campeão do Centenário - 1953

Na década de 50, os campeonatos disputados em datas históricas eram comemorados de uma maneira especial, como o ano de 1953 seria comemorado o centenário da emancipação politica do Paraná, o Campeão do Campeonato Paranaense ficaria com o título de "Campeão do Centenário".
Nessa temporada a C.B.D determinou que todos os campos de futebol seriam obrigados a ter alambrados, para que se evitassem as invasões de assistentes e diretores. O Clube Atlético Ferroviário cumpriu de imediato a exigência.
Para comandar a equipe do Ferroviário foi contratado o técnico João Lima e alguns jogadores campeões de 50 estavam na equipe como o zagueiro Tocafundo, Casnock, Afinho e o artilheiro Isualdo, e para o gol foi contratado o goleiro Robertinho, junto a equipe do Fluminense.
A estréia no campeonato aconteceu no dia 23 de abril na Vila Capanema conta a equipe do Água Verde, uma equipe muito forte, e contava com jogadores como o goleiro William, o meia Barbozinha e os atacantes Valdomiro e Belmonte, e que no início da temporada havia conquistado o Torneio Início. No final uma boa vitória do time do Ferroviário por 3 a 1.
A segunda partida aconteceu na cidade de Telêmaco Borba, diante do CAMA, e os jogadores Nivaldo, Aurélio, Ocimar e Taíco, comandavam a equipe do CAMA. Foi uma partida muito disputada e apesar de toda a pressão da equipe do CAMA, o Ferroviário conquistava mais uma importante vitória, mostrando que iria lutar pelo título.
A primeira derrota no campeonato aconteceu no dia 17 de maio, diante da equipe da Cambaraense.
No dia 23 de maio, o Ferroviário queria mostrar que a derrota na rodada anterior não tinha abalado a equipe e conseguiu uma importânte vitôria diante da equipe do Britânia: 5 a 1.
O primeiro clássico Cori-Caf, aconteceu no dia 23 de junho no Estádio Durival de Britto e Silva. Na partida de aspirantes o Ferroviário ganhou por 4 a 1 e a torcida queria que esse placar se repetisse na partida principal.
A partida foi dirigida pelo juiz inglês Mr Richard Leslie Eason e aos 16 minutos do primeiro tempo Casnck fazia do gol da vitória da equipe da Vila Capanema.
O clássico Cap-Caf foi disputado no dia 18 de julho, no Estádio Joaquim Américo e terminou empatado em 1 a 1.
O maior goleada do Ferroviário no campeoanto aconteceu no dia 18 de julho e o ataque formado por China, Maurílio, Juarez, Casnock e Afinho não perdou: Ferroviário 7x0 Bloco Morguenau.

No segundo turno a equipe do Ferroviário manteve a sua ótima campanha passando pelos seu adversários.
No clássico Cori-Caf, disputado no dia 4 de outubro a equipe Tricolor, mostrou que queria o título do centenário e aplicou uma goleada hisória no tradicional rival. Afinho aos 22 minutos e Juarez aos 39 minutos do primeiro tempo; Afinho aos 6 minutos, Juarez aos 9 minutos, Afinho aos 14 minutos e aos 20 minutos do segundo tempo fizeram os gols da goleada.

Antes da partida decisiva, o presidente Aramando Prince, junto com o diretor Atílio Ramon, decidiram que seria melhor tirar a equipe da cidade, pois a torcida Boca estava empolgada. Assim a equipe foi para a chácara de um conselheiro localizada no km-40, da estrada para Joinville.
O dia 28 de novembro, a cidade de Curitiba amanhecia com uma leve garoa, mas mesmo assim a torcida colorada lotava as arquibancadas do Estádio Durival de Britto.
No começo da partida, um susto para o torcida boca-negra, quando Baltazar fazia aos 7 minutos o primeiro gol da Cambaraense. Após tomar esse gol a equipe do Ferroviário foi para o ataque onde Maurilio, Isualdo, Juarez, Afinho e China, atormentava goleiro Bino que fazia ótimas defesas.
O ataque da Cambaraense comandado por César Frizzo e Baltazar levava certo perigo a defesa colorada.
Aos 45 minutos, após um cruzamento de Maurílio, Isualdo de cabeça empata a partida, alegria nas arquibancadas da Vila.
Aos sete minutos do segundo tempo, o Ferroviário tem um escanteio pela ponta esquerda, e o ponta Maurílio cobra para a área, mas o zagueiro Augusto da Cambaranese tira e a bola sobra para o zagueiro Alceu Zauer, que toca na ponta esquerda para o Maurílio, que recebe a marcação do zagueiro Deolindo, que recupera a bola e toca para Botina, que não conseguiu dominar e perde a bola para o zagueiro Marcelino do Ferroviário, que de primeira toca para Juarez que cruza para a área e Isualdo de meia bicicleta faz o gol da vitória e do título do Ferroviário. Explosão dos fogos e alegria na Vila, "Ferroviário Campeão do Centenário, 1953".
Pela vitória frente a equipe da Cambaraense, cada jogador recebeu uma gratificação de Cr$ 1.000,00 (hum mil cruzeiros velhos).
A equipe do Ferroviário arrecadou em todo campeonato a quantia de Cr$ 748.855,00, fazendo um total de 48% do total arrecadao em todo o campeonato , que foi de Cr$ 1.500.000,00.

28 de novembro de 1953 / Sábado
Ferroviário 2x1 Cambaraense
Local: Estádio Durival de Brito e Silva
Juiz: Victor Marcassa, auxiliado por Mr Richard Eason e Barbosa Lima Neto
Renda: Cr$ 197.885,00 (renda recorde do campeonato)
Público: 11.300pagantes
Gols: Baltazar aos 7 minutos e Isualdo aos 45 minutos do 1° tempo; Isualdo aos 6 minutos do 2° tempo.
Ferroviário: Robertinho, Tico e Marcelino; Lalo, Tocafunfundo e Alceu Zauer; Maurilio, Isualdo, Juarez, Afinho e China. Técnico: João Lima.
Cambaraense: Bino; Carlito e Belacosta; Deolindo, Botina e Augusto; Pedrinho, Rubens ,César Frizzio, Baltazar e Alceu. Técnico: Rui Santos (Motorzinho).


Artilheiros:
Afinho: 15 gols
Juarez: 12 gols
Isualdo: 10
China: 5
Casnok:3
Negro e Maurílio: 2
Eliséo, Zé Carlos e Alceu Zauer: 1
02 gols contra foram anotados para os colorados.

Equipe base: Robertinho, (Ferraz), (Mauro e Adir-gol), Tico, Marcelino; Lalo, Tocafundo e Alceu; China, Isauldo, Juarez, Afinho e Maurilio (Casnosk), (Elizeu), (Zé Carlos), (Arnaldo), (Nelsinho), (Negro), (Bertolli).

Diretoria:
Presidente: Armando Prince;
Diretor do Departamento de futebol: Atílio Ramon;
Técnico: João Lima;
Médico: Dr. Mohty Domit;
Massagista: Clodoaldo Nielsen.



Fonte: Arquivo Pessoal.
Futebol Paraná História: Heriberto Ivan Machado e Levi Mulfort Chrestenzen.
Revista Esporte Paranaense - Ano 1 - n° 4 - Agosto 1968.
Vôo Certo, Carneiro Neto.


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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

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